sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Tópico Frasal

Aulas de Português - Tópico Frasal

3. Tópico Frasal

A idéia central do parágrafo é enunciada através do período denominado tópico frasal. Esse período orienta ou governa o resto do parágrafo; dele nascem outros períodos secundários ou periféricos; ele vai ser o roteiro do escritor na construção do parágrafo; ele é o período mestre, que contém a frase-chave. Como o enunciado da tese, que dirige a atenção do leitor diretamente para o tema central, o tópico frasal ajuda o leitor a agarrar o fio da meada do raciocínio do escritor; como a tese, o tópico frasal introduz o assunto e o aspecto desse assunto, ou a idéia central com o potencial de gerar idéias-filhote; como a tese, o tópico frasal é enunciação argumentável, afirmação ou negação que leva o leitor a esperar mais do escritor (uma explicação, uma prova, detalhes, exemplos) para completar o parágrafo ou apresentar um raciocínio completo. Assim, o tópico frasal é enunciação, supõe desdobramento ou explicação.
A idéia central ou tópico frasal geralmente vem no começo do parágrafo, seguida de outros períodos que explicam ou detalham a idéia central.
Exemplos:
Ao cuidar do gado, o peão monta e governa os cavalos sem maltratá-los. O modo de tratar o cavalo parece rude, mas o vaqueiro jamais é cruel. Ele sabe como o animal foi domado, conhece as qualidades e defeitos do animal, sabe onde, quando e quanto exigir do cavalo. O vaqueiro aprendeu que paciência e muitos exercícios são os principais meios para se obter sucesso na lida com os cavalos, e que não se pode exigir mais do que é esperado.
Tópico frasal desenvolvido por enumeração:
Exemplo:
A televisão, apesar das críticas que recebe, tem trazido muitos benefícios às pessoas, tais como: informação, por meio de noticiários que mostram o que acontece de importante em qualquer parte do mundo; diversão, através de programas de entretenimento (shows, competições esportivas); cultura, por meio de filmes, debates, cursos.
Tópico frasal desenvolvido por descrição de detalhes:
É o processo típico do desenvolvimento de um parágrafo descritivo:
Era o casarão clássico das antigas fazendas negreiras. Assobradado, erguia-se em alicerces o muramento, de pedra até meia altura e, dali em diante, de pau-a-pique (...) À porta da entrada ia ter uma escadaria dupla, com alpendre e parapeito desgastado. (Monteiro Lobato)
Tópico frasal desenvolvido por confronto:
Trata-se de estabelecer um confronto entre duas idéias, dois fatos, dois seres, seja por meio de contrastes das diferenças, seja do paralelo das semelhanças. Veja o Exemplo:
Embora a vida real não seja um jogo, mas algo muito sério, o xadrez pode ilustrar o fato de que, numa relação entre pais e filhos, não se pode planejar mais que uns poucos lances adiante. No xadrez, cada jogada depende da resposta à anterior, pois o jogador não pode seguir seus planos sem considerar os contra-ataques do adversário, senão será prontamente abatido. O mesmo acontecerá com um pai que tentar seguir um plano preconcebido, sem adaptar sua forma de agir às respostas do filho, sem reavaliar as constantes mudanças da situação geral, na medida em que se apresentam. (Bruno Betelheim, adaptado)
Tópico frasal desenvolvido por razões:
No desenvolvimento apresentamos as razões, os motivos que comprovam o que afirmamos no tópico frasal.
As adivinhações agradam particularmente às crianças. Por que isso acontece de maneira tão generalizada? Porque, mais ou menos, representam a forma concentrada, quase simbólica, da experiência infantil de conquista da realidade. Para uma criança, o mundo está cheio de objetos misteriosos, de acontecimentos incompreensíveis, de figuras indecifráveis. A própria presença da criança no mundo é, para ela, uma adivinhação a ser resolvida. Daí o prazer de experimentar de modo desinteressado, por brincadeira, a emoção da procura da surpresa. (Gianni Rodari, adaptado)
Tópico frasal desenvolvido por análise:
É a divisão do todo em partes.
Quatro funções básicas têm sido atribuídas aos meios de comunicação: informar, divertir, persuadir e ensinar. A primeira diz respeito à difusão de notícias, relatos e comentários sobre a realidade. A segunda atende à procura de distração, de evasão, de divertimento por parte do público. A terceira procura persuadir o indivíduo, convencê-lo a adquirir certo produto. A quarta é realizada de modo intencional ou não, por meio de material que contribui para a formação do indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimentos. (Samuel P. Netto, adaptado)
Tópico frasal desenvolvido pela exemplificação:
Consiste em esclarecer o que foi afirmado no tópico frasal por meio de exemplos:
A imaginação utópica e inerente ao homem, sempre existiu e continuará existindo. Sua presença é uma constante em diferentes momentos históricos: nas sociedades primitivas, sob a forma de lendas e crenças que apontam para um lugar melhor; nas formas do pensamento religioso que falam de um paraíso a alcançar; nas teorias de filósofos e cientistas sociais que, apregoando o sonho de uma vida mais justa, pedem-nos que "sejamos realistas, exijamos o impossível". (Teixeira Coelho, adaptado).


Manual de redação e estilo: Lugar-comum

Por Eduardo Martin

Esclareça as suas dúvidas :: Lugar-comum

O lugar-comum (ou chavão ou clichê) é a frase, imagem, construção ou combinação de palavras que se torna desgastada pela repetição excessiva e perde a força original. Deve ser evitado a todo custo no jornal, pois transmite ao leitor uma idéia de texto superado, envelhecido e sem imaginação. Nem sempre, porém, o chavão tem origem remota: há também os casos de clichês recentes, difundidos principalmente pela televisão e pelo rádio e adotados inadvertidamente pelos jornais. Veja os tipos mais usuais de lugares-comuns e algumas dezenas deles. Considere-os exemplos de outros que deverão igualmente ser expurgados do noticiário:
1 - As frases e locuções. Entre os chavões mais freqüentes, estão as locuções e combinações invariáveis de palavras (sempre as mesmas, na mesma ordem) que também comprometem o texto. Neste caso se enquadram ainda as frases feitas que, embora originárias da linguagem popular (dar a volta por cima, por exemplo), terminam por se repetir à exaustão, produzindo o mesmo efeito do lugar-comum.
Eis os principais exemplos: abertura de contagem, abrir com chave de ouro, acertar os ponteiros, a duras penas, agarrar-se à certeza de, agradar a gregos e troianos, alto e bom som, ao apagar das luzes, aparar as arestas, apertar os cintos, à saciedade, a sete chaves, atear fogo às vestes, atingir em cheio, a toque de caixa, baixar a guarda, banco dos réus, bater em retirada, bola da vez, cair como uma bomba, cair como uma luva, cantar vitória, causar espécie, cavalo de batalha, chegar a um denominador comum, chover a cântaros, chover no molhado, chumbo grosso, colhido pelo ônibus, colocar um ponto final, com a rapidez de um raio, comédia de erros, como um raio, conjugar esforços, consternou profundamente, contabilizar as perdas, coroado de êxito, correr por fora, cortina de fumaça, crivar de balas, dar com os burros n'água, dar mão forte a, dar o último adeus, debelar as chamas, de cabo de esquadra, deitar raízes, deixar a desejar, de mão beijada, depois de um longo e tenebroso inverno, desbaratada a quadrilha, de vento em popa, dirimir dúvidas, discorrer sobre o tema, dispensa apresentações, dizer cobras e lagartos, divisor de águas, do Oiapoque ao Chuí, em compasso de espera, empanar o brilho, em ponto de bala, em sã consciência, encerrar com chave ou com fecho de ouro, ensaiar os primeiros passos, entreouvido em, esgoto a céu aberto, estourar ou explodir como uma bomba, faca de dois gumes, fazer as pazes com a vitória, fazer das tripas coração, fechar as cortinas, fechar com chave de ouro, fez o que pôde, ficar à deriva, fincar o pé, fugir da raia, hora da verdade, inserido no contexto, jogar a pá de cal, jogar as últimas esperanças, jogo de vida ou morte, lavrar um tento, lenda viva, leque de opções ou de alternativas, levar às barras dos tribunais, literalmente lotado ou tomado, lugar ao sol, mão de ferro, morrer de amores, morto prematuramente, na ordem do dia, nau sem rumo, página virada, palavra de ordem, parece que foi ontem, passar em brancas nuvens ou em branco, perder o bonde da história, perder um ponto precioso, perdidamente apaixonado, petição de miséria, poder de fogo, pomo da discórdia, pôr a casa em ordem, pôr a mão na massa, pôr as barbas de molho, pôr as cartas na mesa, preencher uma lacuna, prendas domésticas, procurar chifre em cabeça de cavalo, propriamente dito, reencontrar o seu futebol, requintes de crueldade, respirar aliviado, reta final, sagrar-se campeão, saraivada de golpes, sentar-se no banco dos réus, tábua de salvação, tecer comentários ou considerações, ter boas razões para, tirar do bolso do colete, tirar o cavalo da chuva, tiro de misericórdia, traído pela emoção, trazer à tona, treinar forte, trilar o apito, trocar farpas, via de regra, vias de fato, vida de cachorro e voltar à estaca zero.
2 - As duplas. Existem substantivos e adjetivos que andam sempre aos pares, formando lugares-comuns facilmente evitáveis.
Veja alguns deles: agradável surpresa, água cristalina, amarga decepção, briosa corporação, calor escaldante ou senegalesco, calorosa recepção, carreira meteórica, cartada decisiva, chuvas torrenciais, corpo escultural, crítica construtiva, dama virtuosa, desabalada carreira, doce esperança, doença insidiosa, duras críticas, eminente deputado ou senador, ente querido, escoriações generalizadas, esposa dedicada, ferros retorcidos, filho exemplar, fortuna incalculável, gesto tresloucado, grata satisfação ou surpresa, ilustre estirpe, ilustre professor, ilustre visitante, impiedosa goleada, infausto acontecimento, inflação galopante, inteiro dispor, intriga soez, jogador voluntarioso, laços indissolúveis, lamentável equívoco, lance duvidoso, lauto banquete, manobra audaciosa, mera coincidência, obra faraônica, pai extremoso, parcos conhecimentos, pavoroso incêndio ou desastre, perda irreparável, pertinaz doença, poeta inspirado, prestigioso órgão, profundas raízes, profundo silêncio, proibição terminante, rápidas pinceladas, recônditos rincões, relevantes serviços, rigoroso inquérito, semblante carregado, silêncio sepulcral ou tumular, singela homenagem, sol escaldante, sólidas tradições, sólidos conhecimentos, sonho dourado, subida íngreme, suculenta feijoada, tarefa hercúlea, tradicionais estirpes, trágica ocorrência, tumulto generalizado, último adeus, vaias estrepitosas, valoroso soldado, vetusto casarão, violento incêndio e viúva inconsolável.
3 - As imagens. As pessoas, cidades e coisas têm nomes. Criar imagens, apelidos ou definições que os substituam só contribui para a disseminação de uma série de lugares-comuns que o jornal, por sobriedade e bom senso, tem a obrigação de evitar. Jamais os utilize como opção para as palavras que estão entre parênteses:
Garoto do Parque (Rivelino), Galinho de Quintino (Zico), Canhotinha de Ouro (Gerson), Cidade Luz (Paris), Cidade Maravilhosa (Rio), esporte bretão ou esporte das multidões (futebol), tríduo de Momo (carnaval), precioso líquido (água), astro-rei (Sol), rainha da noite (Lua), soldado do fogo (bombeiro), próprio da municipalidade (Pacaembu), o maior estádio do mundo (Maracanã), enlace matrimonial (casamento), data magna da Cristandade (Natal), tapete verde (gramado), balão de couro (bola), instrumento de trabalho (bandeirinha), tiro de quina (escanteio), profissional do volante (motorista), etc.
4 - As idéias. Não são apenas as palavras, frases, construções ou duplas que se reproduzem ao infinito nos textos, mas também as idéias ou formas de abrir as matérias. Por isso, desconfie sempre de imagens "diferentes" que surjam prontas na sua cabeça e tente lembrar-se se não passam de recordações de outras que você já leu antes. A seguir, algumas dessas fórmulas prontas que aparecem com freqüência nos textos:
a) Sonho-pesadelo. A oposição sonho-pesadelo é uma delas e veja exemplos reais de como ela já foi empregada em todo tipo de reportagem ou notícia, principalmente nos títulos e leads: Casa própria, o sonho que vira pesadelo / Sonho de carro vira pesadelo nos consórcios / Classe média: acaba o sonho e começa mais um longo pesadelo / Aposentadoria, o sonho que vira pesadelo a cada fim de mês / Ser o próprio patrão, outro sonho que virou pesadelo / Sonho palmeirense do tri vira pesadelo / O sonho de Israel virou pesadelo.
b) O D, P ou Z da DPZ. Repare quantas vezes você já leu: Duailibi, o D da DPZ, ou Petit, o P da DPZ, ou Zaragoza, o Z da DPZ. Lembre-se, então: a forma perdeu toda e qualquer originalidade.
c) A novela. Pense o mesmo com relação à palavra novela no sentido figurado. Ou você já não viu n vezes títulos ou textos como: Encerrada a novela da venda da TV Jaraguá. / Chrysler no Brasil, longa novela que pode ter um final feliz. / Termina a novela e Juca vai para a Espanha. / Estréia de Rossana vira novela.
d) Mestre Aurélio. Outra forma ultrabatida é escrever sobre um determinado tema e começar o texto pela definição do dicionário, em geral precedida de: "Segundo mestre Aurélio". E segue-se a explicação: brega é isto, corrupção é aquilo, leptospirose significa..., estrambótico quer dizer...
e) Se estivesse vivo... Além de óbvia, esta construção constitui outro lugar-comum a evitar. E, por mais incrível que pareça, sua freqüência no noticiário chega a preocupar: Se estivesse vivo, João de Almeida estaria completando hoje 90 anos. E leva a absurdos como: Se estivesse vivo, Ivan dos Santos faria hoje 400 anos.
f) Não poderia imaginar... Outro chavão, em geral introduzido por quando: Quando fez tal coisa, fulano não poderia imaginar que... / Quando recorreu ao Judiciário, o delegado tal não poderia imaginar que a sentença final lhe seria desfavorável.
g) O fantasma. Mais uma imagem repetitiva de que convém fugir. Em geral, alguma coisa traz de volta o fantasma de outra: Desemprego traz de volta o fantasma da recessão de 83 / Corrida preços-salários traz de volta o fantasma da hiperinflação / Decisão revive fantasma do AI-5 / Empresariado teme a volta do fantasma do grevismo.
h) Negócio da China. Já se abusou da imagem negócio da China para tornar mais "atraentes" títulos sobre a vinda do Brasil de missões daquele país: Missão traz negócio da China ao Brasil / Preços são verdadeiros negócios da China / Negócio da China chega ao sertão do Nordeste / Empresários viajam em busca de negócios da China.
i) Não convidem para a mesma mesa ou reunião. Perdeu todo o sabor de novidade essa recomendação: Não convidem para a mesma mesa a cantora e seu ex-empresário. / Não convidem para a mesma reunião o ministro X e o governador Y.
j) Vem aí. Diga-se o mesmo do bordão vem aí para qualquer notícia referente ao animador Sílvio Santos (Sílvio Santos vem aí para prefeito, por exemplo).
k) Do cardápio fez parte. Outra forma que o uso exagerado vulgarizou é esta: noticia-se um almoço entre duas ou mais pessoas e segue-se a informação de que do cardápio fez parte a sucessão presidencial, a fusão da empresa X com a Y ou qualquer outro assunto.
l) Também é cultura. Mais uma imagem empregada à exaustão: Esporte também é cultura / Verde também é cultura / Ilusão também é cultura / Quadrinho também é cultura / Ecologia também é cultura. Enfim, tudo o que se quiser também é cultura.
m) Quente-frio. Trocadilho que o bom senso aconselha a banir do noticiário: Corinthians esquenta o verão de Caraguatatuba / Roupas de frio: preços quentes / Liquidações de inverno aquecem vendas / Preços de roupas de frio podem ser de arrepiar / Inverno aquece lazer na capital / Crise esfria comércio de agasalhos / Produtos de verão chegam com preços escaldantes.
5 - Ver também modismo.

A qualificação é o segredo para sobreviver no mercado laboral

O futuro do mercado laboral passa por empregos mais qualificados nas áreas das energias,ambiente, tecnologias de informaçãosaúde e turismo, defendeu hoje em entrevista à agência Lusa o presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Para Francisco Madelino, “há como que uma dualização das tendências do mercado de trabalho, que cada vez precisa de profissões mais qualificadas, que vão ser bem mais remuneradas nas áreas de aposta”.
Depois, segundo o responsável do IEFP, há um conjunto de necessidades que vão precisar deprofissões operárias qualificadas, de nível intermédio.
“Não serão pessoas licenciadas, mas que serão bem pagas, para fazer trabalhos de manutenção doméstica e outros”, disse.
Os empregos mais desqualificados, por sua vez, vão contar com uma concorrência forte e crescente da população imigrante, referiu.
Com o mercado laboral ainda a recuperar da crise que fez o número de desempregados disparar emPortugal para perto dos 600 mil, o responsável do IEFP acredita que há novas áreas de aposta.
“Eu acho que há áreas novas que vão nascer, nomeadamente as áreas das energias verdes, na área da poupança energética e novas energias. São áreas de muito futuro”, disse.
Seguem-se as engenharias ambientais, tecnologias da informação e de aplicação aos equipamentos industriais, a área da saúde, com o envelhecimento demográfico e também o turismo.
“Depois há um segundo segmento de empregos que continuarão sempre a ter procura e que são tudo aquilo que tem a ver com profissões operárias qualificadas ou mesmo até com qualificações mais baixas – desde a construção civil, seguranças, ‘call centers’”, acrescentou.
Segundo Francisco Madelino, este desenvolvimento ao nível das qualificações é o que as economias precisam para se modernizarem, nomeadamente a portuguesa.
“Se olharmos para as estatísticas do INE, elas dão-nos já uma grande substituição de trabalhadores desqualificados por trabalhadores mais qualificados, isto é, abaixo do 12.º ano estão a ser destruídos centenas de milhares de empregos e pelo contrário acima do 12.º ano verificamos uma criação líquida de emprego”, sinalizou.
“Infelizmente esta criação líquida não compensa a destruição, mas percebemos que a crise está a afetar quem não tem qualificações”, acrescentou.
A Europa está neste momento a discutir o documento “New skills for new jobs”, uma tentativa de definir as tendências do mercado laboral para os próximos dez anos (até 2020) e de perceber quais as qualificações necessárias para responder às ofertas de trabalho.
Segundo Francisco Madelino, trata-se de um relatório que a Europa deve concluir até final deste ano “para ser um documento orientador de toda a política de emprego em termos europeus, para apostar nessas profissões”.
De acordo com os dados do European Centre for the Development of Vocational Training (CEDEFOP), até 2020, a Europa deverá criar sete milhões de novos postos de trabalho, requerendo um trabalho mais qualificado.
ICO
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Física: Princípio da conservação da energia mecânica


O crack da Bolsa


Entrada da Bolsa de Nova York, durante o crack de 1929
Em 24 de outubro de 1929, conhecido como Quinta-feira Negra, as ações da Bolsa de Nova York começaram a cair lentamente. Uma tendência constante provocada pela decisão dos especuladores de vender suas ações a fim de recuperar o dinheiro investido com grande lucro. O crescimento das vendas diminuiu o valor das ações. Sem conseguir conter a queda da Bolsa, os acionistas começaram a vender para perder o mínimo. Em alguns meses, as principais ações da Bolsa perderam até 90% de seu valor.

A prosperidade econômica e as causas da crise

A insistência dos empresários norte-americanos em manter o mesmo ritmo de produção alcançado durante a Primeira Guerra ocasionou a crise. Além disso, o governo – que adotava uma política liberal – não interferia na produção. Mesmo no período anterior à crise, o aumento do nível de vida não atingiu todos os norte-americanos. O grande desemprego entre os operários e a ruína de numerosos agricultores, devido à saturação de mercado e à queda das exportações, foram os primeiros sinais da crise que avançava. A quebra da Bolsa em 1929 foi o estopim de uma crise geral da economia norte-americana, causada pela superprodução e pelo subconsumo, com desdobramentos sociais e políticos.

A crise econômica


O crack da Bolsa de Valores de Nova York provocou uma profunda crise econômica. As pessoas não conseguiam pagar as dívidas, causando a quebra de milhares de bancos e o fechamento do comércio. Ao mesmo tempo, diminuiu a produção industrial e aumentou o desemprego que, em 1933, alcançou cerca de 14 milhões de norte-americanos.


http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-1307-10084-,00.html

sábado, 24 de agosto de 2013

DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS SOBRE LIBERDADE DE EXPRESSÃO



DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS SOBRE LIBERDADE DE EXPRESSÃO

(Aprovado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos em seu 108º período ordinário de sesões, celebrado de 16 a 27 de outubro de 2000) 

PREÂMBULO 

REAFIRMANDO a necessidade de assegurar, no Hemisfério, o respeito e a plena vigência das liberdades individuais e dos direitos fundamentais dos seres humanos através de um Estado de Direito;

CONSCIENTES de que a consolidação e o desenvolvimento da democracia dependem da existência de liberdade de expressão;

PERSUADIDOS de que o direito à liberdade de expressão é essencial para o avanço do conhecimento e do entendimento entre os povos, que conduzirá a uma verdadeira compreensão e cooperação entre as nações do Hemisfério;

CONVENCIDOS de que, ao se obstaculizar o livre debate de idéias e opiniões, limita-se a liberdade de expressão e o efetivo desenvolvimento do processo democrático;

CONVENCIDOS de que, garantindo o direito de acesso à informação em poder do Estado, conseguir-se-á maior transparência nos atos do governo, fortalecendo as instituições democráticas.

RECORDANDO que a liberdade de expressão é um direito fundamental reconhecido na Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem e na Convenção Americana sobre Direitos Humanos, na Declaração Universal de Direitos Humanos, na Resolução 59(I) da Assembléia Geral das Nações Unidas, na Resolução 104 adotada pela Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e em outros instrumentos internacionais e constituições nacionais;

RECONHECENDO que os princípios do Artigo 13 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos representam o marco legal a que estão sujeitos os Estados membros da Organização dos Estados Americanos;

REAFIRMANDO o Artigo 13 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, que estabelece que o direito à liberdade de expressão inclui a liberdade de buscar, receber e divulgar informações e idéias, sem consideração de fronteiras e por qualquer meio de transmissão;

CONSIDERANDO a importância da liberdade de expressão para o desenvolvimento e a proteção dos direitos humanos, o papel fundamental que lhe é atribuído pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos e o pleno apoio estendido à Relatoria para a Liberdade de Expressão como instrumento fundamental para a proteção desse direito no Hemisfério, na Cúpula das Américas realizada em Santiago, Chile;
 
RECONHECENDO que a liberdade de imprensa é essencial para a realização do pleno e efetivo exercício da liberdade de expressão e instrumento indispensável para o funcionamento da democracia representativa, mediante a qual os cidadãos exercem seu direito de receber, divulgar e procurar informação;

REAFIRMANDO que tanto os princípios da Declaração de Chapultepec como os da Carta para uma Imprensa Livre constituem documentos básicos que contemplam as garantias e a defesa da liberdade de expressão e independência da imprensa e o direito a informação;

CONSIDERANDO que a liberdade de expressão não é uma concessão dos Estados, e sim, um direito fundamental; e

RECONHECENDO a necessidade de proteger efetivamente a liberdade de expressão nas Américas, adota, em apoio à Relatoría Especial para a Liberdade de Expressão, a seguinte Declaração de Princípios: 

PRINCÍPIOS

            1.         A liberdade de expressão, em todas as suas formas e manifestações, é um direito fundamental e inalienável, inerente a todas as pessoas. É, ademais, um requisito indispensável para a própria existência de uma sociedade democrática.

            2.         Toda pessoa tem o direito de buscar, receber e divulgar informação e opiniões livremente, nos termos estipulados no Artigo 13 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos. Todas as pessoas devem contar com igualdade de oportunidades para receber, buscar e divulgar informação por qualquer meio de comunicação, sem discriminação por nenhum motivo, inclusive os de raça, cor, religião, sexo, idioma, opiniões políticas ou de qualquer outra índole, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social.

            3.         Toda pessoa tem o direito de acesso à informação sobre si própria ou sobre seus bens, de forma expedita e não onerosa, esteja a informação contida em bancos de dados, registros públicos ou privados e, se for necessário, de atualizá-la, retificá-la e/ou emendá-la. 

            4.         O acesso à informação em poder do Estado é um direito fundamental do indivíduo. Os Estados estão obrigados a garantir o exercício desse direito. Este princípio só admite limitações excepcionais que devem estar previamente estabelecidas em lei para o caso de existência de perigo real e iminente que ameace a segurança nacional em sociedades democráticas.  

            5.         A censura prévia, a interferência ou pressão direta ou indireta sobre qualquer expressão, opinião ou informação através de qualquer meio de comunicação oral, escrita, artística, visual ou eletrônica, deve ser proibida por lei. As restrições à livre circulação de idéias e opiniões, assim como a imposição arbitrária de informação e a  criação de obstáculos ao livre fluxo de informação, violam o direito à liberdade de expressão.  

            6.         Toda pessoa tem o direito de externar suas opiniões por qualquer meio e forma. A associação obrigatória ou a exigência de títulos para o exercício da atividade jornalística constituem uma restrição ilegítima à liberdade de expressão. A atividade jornalística deve reger-se por condutas éticas, as quais, em nenhum caso, podem ser impostas pelos Estados.

            7.        Condicionamentos prévios, tais como de veracidade, oportunidade ou imparcialidade por parte dos Estados, são incompatíveis com o direito à liberdade de expressão reconhecido nos instrumentos internacionais.

            8.        Todo comunicador social tem o direito de reserva de suas fontes de informação, anotações, arquivos pessoais e profissionais.

            9.         O assassinato, o seqüestro, a intimidação e a ameaça aos comunicadores sociais, assim como a destruição material dos meios de comunicação, viola os direitos fundamentais das pessoas e limitam severamente a liberdade de expressão. É dever dos Estados prevenir e investigar essas ocorrências, sancionar seus autores e assegurar reparação adequada às vítimas.

            10.       As leis de privacidade não devem inibir nem restringir a investigação e a difusão de informação de interesse público. A proteção à reputação deve estar garantida somente através de sanções civis, nos casos em que a pessoa ofendida seja um funcionário público ou uma pessoa pública ou particular que se tenha envolvido voluntariamente em assuntos de interesse público. Ademais, nesses casos, deve-se provar que, na divulgação de notícias, o comunicador teve intenção de infligir dano ou que estava plenamente consciente de estar divulgando notícias falsas, ou se comportou com manifesta negligência na busca da verdade ou falsidade das mesmas.

            11.       Os funcionários públicos estão sujeitos a maior escrutínio da sociedade. As leis que punem a expressão ofensiva contra funcionários públicos, geralmente conhecidas como “leis de desacato”, atentam contra a liberdade de expressão e o direito à informação.

         12.       Os monopólios ou oligopólios na propriedade e controle dos meios de comunicação devem estar sujeitos a leis anti-monopólio, uma vez que conspiram contra a democracia ao restringirem a pluralidade e a diversidade que asseguram o pleno exercício do direito dos cidadãos à informação. Em nenhum caso essas leis devem ser exclusivas para os meios de comunicação. As concessões de rádio e televisão devem considerar critérios democráticos que garantam uma igualdade de oportunidades de acesso a todos os indivíduos.

            13.       A utilização do poder do Estado e dos recursos da fazenda pública; a concessão de vantagens alfandegárias; a distribuição arbitrária e discriminatória de publicidade e créditos oficiais; a outorga de freqüências de radio e televisão, entre outras, com o objetivo de pressionar, castigar, premiar ou privilegiar os comunicadores sociais e os meios de comunicação em função de suas linhas de informação, atentam contra a liberdade de expressão e devem estar expressamente proibidas por lei. Os meios de comunicação social têm o direito de realizar seu trabalho de forma independente. Pressões diretas ou indiretas para silenciar a atividade informativa dos comunicadores sociais são incompatíveis com a liberdade de expressão.


Redes Sociais: Liberdade de Expressão ou Abuso?

Redes Sociais: Liberdade de Expressão ou Abuso?

Patrícia Peck
Patrícia Peck
Patrícia Peck Pinheiro é autora do livro Direito Digital e, em parceria com a Dra.Cristina Sleiman, do audiobook “Tudo o que você precisa ouvir sobre Direito Digital”. Formada pela Universidade de São Paulo, é especializada em negócios pela Harvard Business Scholl e MBA em marketing pela Madia Marketing Scholl. Ministra palestras, treinamentos e presta consultoria a grandes empresas do País na área de Direito Digital. Seu escritório assessora mais de 127 clientes no Brasil e no Exterior e já treinou mais de 10.500 profissionais nos temas Gestão de Risco Eletrônico e Segurança da Informação.
Os brasileiros são campeões em solicitação de retirada de conteúdo do ar na internet e redes sociais. Por que será?
Acredito que somos um povo de opiniões fortes, mais jocoso, acostumado ao fato de que tudo vira pizza e de que formamos um país onde impera a impunidade. Todos estes fatores reunidos permitiram criar um perfil de usuário de “moral mais frouxa”.
A liberdade de expressão precisa ser não apenas exercida, mas ensinada nas escolas. Como se expressar de forma ética e juridicamente correta? Como manifestar sua opinião, seu direito de protesto, sua reclamação de consumidor sem que isso se transforme em um abuso de direito. O limite entre liberdade e prática de crime é bem sutil. E faz toda a diferença a escolha do texto, qual palavra será publicada para expor no mundo, em tempo real, um pensamento.
Precisamos, então, de inclusão digital com educação. Em um contexto de maior acesso a tecnologia com serviços que viabilizam compartilhar informações, produzir conhecimento colaborativo, deve-se saber também quais são as regras do jogo, que vão desde a proteção da reputação e imagem das pessoas até dar o crédito ao autor. 
Acredito que a grande maioria das pessoas não reflete muito sobre o que está comentando, publicando, ou melhor, documentando, nas redes sociais. E, infelizmente, é difícil exercer arrependimento, pois o conteúdo se espalha rapidamente, e se perpetua!

A maioria dos casos de solicitação de retirada de conteúdo do ar envolve, principalmente: a) uso não autorizado de imagem; b) ofensa digital; c) exposição de intimidade excessiva (em especial no tocante a menores de idade); d) uso não autorizado de marca; e) uso não autorizado de conteúdo (em geral infringindo direitos autorais).
E então, eis uma questão relevante, como orientar os jovens, que estão na rede social, na grande maioria mentindo a idade? O problema da ética já começa aí. Os serviços destacam a responsabilidade dos pais darem assistência aos seus filhos nos ambientes digitais. Um pai leva um filho ao cinema, mas não sabe o que ele está fazendo na “rua digital”.
A tecnologia não tem um mau intrínseco. Talvez, este nosso Brasil que está digital seja, de fato, mais transparente. Isso significa que somos assim mesmo, gostamos de nos exibir, de falar mal dos outros, fazer piadas de mau gosto, publicar fotos das pessoas sem autorização. Será? Ou a geração Y nacional é que não foi bem orientada, que não conhece as leis, que acha que não vai haver consequências de seus atos?
Temos que preparar melhor nosso novo cidadão da era digital, para gerar a própria sustentabilidade do crescimento econômico do país em um cenário de mundo plano, sem fronteiras. Para tanto, é essencial garantir a segurança das relações, a proteção dos indivíduos. Toda desavença social digital que possa virar uma ação de indenização, que acione a máquina da Justiça, gera prejuízos para toda a sociedade e não só para as partes envolvidas.
Devemos investir em duas políticas públicas digitais: a de educação e a de segurança. No tocante à primeira, deve-se inserir no conteúdo base da grade curricular do ensino fundamental e médio, das escolas públicas e particulares brasileiras, os temas de ética e cidadania digital, que devem tratar sobre: a) proteção da identidade (contra falsa identidade e anonimato); b) exercício da liberdade de expressão com responsabilidade (contra os abusos); c) uso correto de imagens; d) produção e uso de conteúdos digitais dentro das melhores práticas de direitos autorais (coibir plágio e pirataria).
Os jovens precisam aprender como fazer o dever de casa sem copiar o conteúdo alheio!
Quanto à questão da segurança, deve-se por certo criar um time responsável pela vigilância das “vias públicas digitais”, para identificação rápida de incidentes e para aumentar a prevenção. Se o cidadão está na internet, então o poder público e o poder de polícia têm que estar também. Com ambientes preparados, com alta disponibilidade e com medidas que garantam a proteção dos dados dos brasileiros.
O país ficou mais justo através da infovia, onde seus artistas passam a ter alcance mundial. Inclusive, uma pessoa qualquer pode ficar famosa em questão de segundos e, com isso, realizar um futuro sonhado antes restrito a poucos. A mobilidade trouxe mais emprego, mais negócios, e já alcança também as classes C e D. Permitiu, também, a redução de tarifas e custos, seja pelo uso do Banco pelo celular ou mesmo do acesso aos serviços públicos na internet, mais rápidos, eficientes e com menos burocracia.
A conta ecológica também agradece, pois o uso da Tecnologia da Informação e Comunicações - TIC permite reduzir o uso do papel. Bem como o ativismo ambiental também cresceu nas redes sociais chegando até a se financiar através de doações que ocorrem no modelo comunitário-coletivo do “crowd funding” (financiamento colaborativo). Mesmo a relação do eleitor-candidato ficou direta de fato! E esta memória coletiva, que fica residindo nas redes sociais mesmo após o pleito, é importantíssima para o amadurecimento das escolhas e do próprio exercício do voto. Isso é um ganho!
Claro que o grande investimento em infra-estrutura dos últimos anos foi o que viabilizou um Brasil mais democrático, que permite acesso a informação através de uma internet banda larga. Sem isso, por certo não teríamos incidentes, nem pedidos de retirada de conteúdos do ar. Mas, não podemos gerar analfabetos digitais. Não é só saber dar “click”, tem que ser educado e praticar o uso ético e seguro.
De todo modo, o mais importante não é ficar pedindo para tirar conteúdo do ar depois que o estrago já está feito, mas saber publicá-lo dentro de um modelo mais avançado de cidadania e respeito. Precisamos deixar de herança a vontade de criar e inovar. O uso do ferramental tecnológico tem que ser utilizado a serviço do bem social.


Cadeirante fez 28 cursos a distância e hoje acumula dois empregos

Cadeirante fez 28 cursos a distância e hoje acumula dois empregos

Luciana Alvarez*
Do UOL, em São Paulo

  • Fernando Donasci/UOL
    Fernando Becasse, 31, já fez 28 cursos a distância e supera as dificuldades de uma paralisia cerebral
    Fernando Becasse, 31, já fez 28 cursos a distância e supera as dificuldades de uma paralisia cerebral
Estudar já foi penoso para Fernando Becasse, 31. Seu maior obstáculo, conta, era o preconceito que sofria devido à locomoção por cadeira de rodas. “O ensino médio foi um período muito difícil para mim. Na turma não gostavam de ter um paraplégico, me chamavam de mutilado”, lembra o rapaz que, desde criança, lida com as consequências de uma paralisia cerebral.
O Ensino a Distância (EAD) foi uma das estratégias que o Becasse adotou para se profissionalizar. Hoje, ele acumula quase 12 anos de experiência de estudo a distância e 28 cursos livres e técnicos finalizados, além de dois empregos. Em um dos trabalhos, Becasse é o responsável pelo departamento de relacionamento com o mercado de um site de a divulgação de cursos; no outro, faz tradução de informações para o site de uma agência de turismo.
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Cadeirante faz 28 cursos de EAD e acumula dois empregos11 fotos

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Com 12 anos de experiência em cursos de EAD, a meta do rapaz é ter seu próprio escritório de informática Fernando Donasci/UOL

VEJA QUAIS FORAM OS 28 CURSOS A DISTÂNCIA QUE BECASSE FEZ

- Matemática financeira
- Curso técnico de contabilidade
- Técnico em informática
- Curso de administração financeira
- Inglês
- Historia da arte
- Jornalismo
- Como elaborar um plano de negócios
- Auxiliar de marketing
- Gestão financeira
- Curso de telecomunicações
- Internet
- Técnico de eletrônica
- Secretariado
- Telemarketing
- Direito, legislação e ética
- Desenho artístico e publicitário
- Como usar um osciloscópio
- Administração imobiliária
- Controles financeiros
- Caligrafia
- Processo migmag (soldagem)
- Técnico em transações imobiliárias
- Desenhista ilustrador
- Compras e planejamento de produção
- Recepção e atendimento
- Auxiliar administrativo
- Chaveiro
Becasse tomou contato com as aulas a distância por um anúncio. Então, se inscreveu em um curso de motivação pessoal e não parou mais. “Em seis meses, recuperei a autoestima. Aí já emendei outro, de gestão de empresas. Depois vieram administração, técnico em contabilidade e técnico em informática”, afirma ele, que também aprendeu inglês a distância.
O motivo de buscar tantas formações, Becasse explica com tranquilidade: “Às vezes é bom ter várias formações, porque, quando surgir vaga em alguma, você vai e entra, né?” Os cursos que mais o ajudaram, diz ele, foram de auxiliar administrativo, compras e planejamento de produção, técnico em informática e técnico em contabilidade. “Estou conseguindo juntar os conhecimentos e aplicar no meu trabalho.”
O jovem, que já fez mais de um curso simultaneamente, afirma que é fácil estudar em casa, contanto que se tenha vontade e tempo disponível. “Tenho uma meta: quero ter meu escritório de informática. Por isso, não desanimo”, conta. “Para estudar a distância você tem de se programar. Estudo quatro horas por dia.” Além disso, seu próximo passo é fazer uma faculdade: “Tudo a seu tempo”, planeja.
Um dos empregos, Becasse conseguiu há quatro anos, quando conheceu o diretor do site na escola onde faz EAD. “Nunca me senti deficiente, apesar de saber que não tenho movimento nas pernas. Os cursos me dão força e fazem com que eu me sinta capaz ao quadrado.”
EAD e inclusão social
Além de facilitar o acesso à aprendizagem para pessoas com deficiências, o EAD tem aberto, aos poucos, o ingresso no ensino superior para as classes C e D, analisa o professor João Vianney, conselheiro da Abed (Associação Brasileira de Ensino a Distância) e consultor da Hoper Educacional.
Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2010, do MEC (Ministério da Educação), as graduações a distância oferecidas por instituições particulares têm o quase o dobro do número de alunos atendidos pelo Prouni (Programa Universidade para Todos, que concede bolsas integrais ou parciais) e pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) juntos. São 748 mil universitários estudando a distância e outros 375 mil nos dois programas governamentais somados.
Entre os estudantes que recebem bolsa do Prouni, cerca de 12%, segundo estimativas do MEC, estudam a distância. “Estamos falando do mesmo perfil de público: alunos com renda familiar mais baixa, em transição da classe D para a C, e sem tradição de escolaridade de ensino médio ou superior na família”, diz Vianney. Os principais atrativos da modalidade são mensalidades até 75% mais baratas em relação ao ensino presencial e a flexibilidade de tempo.
Cassiane Stefanski Olkoski, 29, optou pela faculdade a distância e a formatura no curso de gestão ambiental pela Unopar (Universidade Norte do Paraná), no ano passado, foi a realização de um sonho. Depois de perder o marido quando estava grávida, aos 21 anos, adiou seus planos de estudo por três anos, até que conheceu o EAD. “Só assim pude conciliar as aulas com a minha rotina de trabalho e de cuidado com o meu filho. E, com tantas contas para pagar, foi a solução mais acessível financeiramente também”, diz.
Para José Manuel Moran, professor de Novas Tecnologias da USP e diretor de EAD da Universidade Anhanguera-Uniderp, já era esperada a predominância das classes C e D na graduação a distância. “Esse é um fenômeno que aconteceu no mundo inteiro no primeiro momento do EAD. Depois de atender a essa demanda reprimida, o público tende a se misturar”, diz. “O adulto que procura uma faculdade tem trabalho e família e muitas vezes não pode ir à instituição de ensino todos os dias”, completa.
* Colaborou Camila Rodrigues, do UOL, em São Paulo

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